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Alex: "Jesus no Flamengo foi surreal, mas não é vergonha para brasileiros"

Os técnicos estrangeiros dominaram o futebol brasileiro a partir de 2019, com Jorge Jesus conquistando o Brasileirão e a Libertadores pelo Flamengo, enquanto Jorge Sampaoli foi vice-campeão nacional com o Santos, o que resultou neste ano na chegada de mais treinadores de fora, como Eduardo Coudet no Internacional, Jesualdo Ferreira, que já deixou o Santos, Rafael Dudamel e depois Sampaoli no Atlético-MG e Domènec Torrent para o lugar de Jesus. Mas para o ex-meia e futuro técnico Alex, a chegada e os bons resultados dos estrangeiros não podem ser vistos como vergonha para os treinadores brasileiros.

Em entrevista ao programa Os Canalhas, com os jornalistas João Carlos Albuquerque e Rodrigo Viana, Alex ressalta que Jesus e Sampaoli fizeram trabalhos importantes em clubes que deram condições para isso, cita testes que não deram certos nas mãos de técnicos brasileiros, mas coloca o trabalho de Jorge Jesus no Flamengo como surreal, inclusive com o número de conquistas para o tempo de permanência do português.

Quanto mais gente vier aqui, independente se brasileiro, se sul-americano como é o Sampaoli, se é europeu como o Jesus, independente de onde são, de onde nasceram, independente das ideias que têm de jogo, que trabalhem, que deixem os caras trabalhar. Esse é o caso mais importante, e a gente veja jogos de uma maneira diferente, diz Alex.

O Jesus fez uma coisa legal, estava o Brasil todo jogando com um atacante e dois caras abertos, ele pegou o Bruno Henrique, empurrou perto do Gabriel Barbosa e fez dois atacantes, empurrou a defesa para marcar mais alto, uma ideia dele, que pouca gente usava. E aí o legal, funcionou. Porque, por exemplo, o Levir Culpi no Atlético-MG tentou usar uma linha mais alta, acabou tomando alguns gols e aí as pessoas já questionavam aquela linha que ele estava usando. Mas a linha do Flamengo funcionou, a linha do Atlético-MG funcionou mais ou menos, completa.

Alex afirma que a situação para os técnicos brasileiros seria diferente se os estrangeiros tivessem chegado em clubes com condições inferiores e ainda assim dominassem o Campeonato Brasileiro da mesma forma como fizeram. Mesmo assim, ele ressalta que Jesus fez um trabalho fora do comum.

Diferente, por exe