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A guirlanda e os símbolos de Natal

- A decoração de Natal, nas residências dos cristãos, marca o período de preparação espiritual para a chegada do Menino Jesus. Os enfeites e as luzes indicam o tempo do Advento, iniciado quatro semanas antes do Natal (em 2019, iniciado em primeiro de dezembro). E devem ser retirados no início do Ano Novo, no Dia de Reis (6 de janeiro) e na festa da Epifania (6 de janeiro).

- São muitos os símbolos levados do campo para dentro das residências. Os pinheiros, sempre verdes, simbolizam a esperança e a vida e têm uma forma triangular, evocando a Trindade. Antigamente eram enfeitados com maçãs vermelhas, simbolizando o Novo Éden, o Novo Paraíso, a Nova Árvore da Vida. Hoje as maçãs foram substituídas por bolas e outros tipos de enfeites, representando os frutos espirituais, as virtudes, os desejos, os sonhos.

- Do lado de fora das casas, o principal símbolo é a guirlanda, colocada no batente da porta de entrada para abençoar quem por ali passar. É o símbolo vegetal do entrelaçamento do divino com o humano, do Deus que se fez carne e habitou entre nós. Por isso, deve ser feita de dois ramos de plantas diferentes, entrelaçadas para sempre. Na Europa, o mais comum é usar o pinheiro e o azevinho, ambos verdes durante o inverno. Em outras regiões podem ser galhos e cipós de outras espécies. Sinos, fitas e enfeites completam a guirlanda.

- O formato da guirlanda é um círculo, sem fim, infinito. É a letra Ó, da Nossa Senhora do Ó. Um Ó grande, Ó Mega, o Ômega do alfabeto grego. Através de Jesus, Deus habita entre nós para sempre. Da mesma forma, o amor dos cristãos a Deus e ao próximo não deve ter fim. E também não tem fim o círculo solar, que rege o calendário rural, a alternância infinita do semear, cuidar, colher e novamente semear, cuidar, colher...

- Passado o Natal, a decoração deve ser retirada no Dia de Reis, 6 de janeiro. É quando os três reis magos visitaram o Menino Jesus no estábulo de Belém, onde ele nasceu e foi acomodado numa manjedoura, entre palha e feno, aquecido por um boi e um burrinho.

- Informações mais detalhadas sobre os símbolos natalinos, solstício e o conto de Natal descrito pelo comentarista (O primeiro fruto do Natal) podem ser lidos no livro “Guia de Curiosidades Católicas – 500 usos, costumes, estranhezas, festanças, símbolos e tradições” de Evaristo Eduardo de Miranda (Editora Vozes, 2007). O conto também foi publicado em: MIRANDA, Evaristo Eduardo de. O primeiro fruto. Jornal Universidade, ICF. Curitiba, p. 03 – 03, 2010.