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Temer diz ter usado impopularidade para fazer reformas

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta sexta-feira (8) ter promovido reformas “fundamentais” devido à sua alta impopularidade. Segundo a última pesquisa Datafolha sobre o tema, 71% dos brasileiros consideram o governo Temer ruim ou péssimo.

Esta é a pior taxa de um presidente da série do instituto desde a redemocratização do país. Na pesquisa anterior, em que figurou com 73% de rejeição, Temer chegou a superar a avaliação negativa da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em agosto de 2015, quando 71% da população achavam-na ruim ou péssima. Ainda de acordo com a Datafolha, somente 5% consideram o governo Temer como ótimo ou bom.

Como exemplos de reformas aprovadas e já em vigor, o presidente citou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto de gastos públicos, as mudanças na legislação trabalhista e renovação estrutural do ensino médio.

Em discurso na abertura do 22º Encontro Anual da Indústria Química, em São Paulo, Temer lembrou uma fala do publicitário Nizan Guanaes durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, também chamado de “Conselhão”.

“Ele disse o seguinte: ’Senhor Temer, aproveite a sua impopularidade e faça tudo o que o Brasil precisa’. Eu gravei muito aquilo, sabe? Falei que realmente é o que eu tenho que fazer. E por isso nós fizemos o teto dos gastos públicos, modernização trabalhista. [...] Neste um ano e meio [de governo] o que fizemos foi aproveitando a impopularidade, aproveitando exatamente isso”, disse.