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Prestígio faz da Paulista preferência multipartidária de manifestações

Quando foi inaugurada, em 1891, a avenida Paulista já se mostrava uma importante via para pedestres. Inicialmente, a construção visava servir de passarela e de mirante.

Construída em um ponto elevado da metrópole, foi a primeira via asfaltada da cidade de São Paulo, em 1909. Hoje, em tempos de polarização política, é um dos palcos preferidos de manifestantes. E não importa o viés ideológico.

Rogério Chequer, do movimento Vem Pra Rua, diz achar interessante a icônica via no vídeo acima.

Para mim, o caráter político da avenida Paulista é absolutamente novo. De infância, lembro que o local era um símbolo de negócios, diz.

Já o presidente da CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores), Douglas Izzo, destaca a largura da avenida que, segundo ele, é interessante para se organizar manifestações e marchas.

Principalmente neste momento em que temos uma disputa por causa do impeachment, é óbvio que é o maior palco para as manifestações, completa Izzo.

O historiador Benedito Lima de Toledo lembra que, em outros tempos, era a região central de São Paulo o local preferido para se protestar. Segundo ele, a transferência se deu porque a Paulista virou um lugar de prestígio.

A avenida não foi pensada muito para a circulação de veículos. Foi concebida para ser quase um boulevard, um passeio onde o pessoal se sentisse bem, afirma Toledo.