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Crise política se acentua e país está cada vez mais polarizado; veja
A crise política se acentuou nesta quinta-feira (17), um dia após a divulgação de um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar eventual prisão do ex-presidente Lula.
A quinta-feira começou com vigília pelo impeachment ou renúncia da presidente Dilma na avenida Paulista, que amanheceu bloqueada para o trânsito.
Os atos, contra e a favor do governo, se espalharam pelo país, com buzinaços, panelaços e episódios de violência. Houve confronto entre manifestantes e policiais em frente ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional. Bloqueios em ao menos oito rodovias federais tiveram veículos queimados.
No discurso de posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, a presidente Dilma criticou a atuação do juiz Sergio Moro ao divulgar o grampo telefônico, afirmando que a ação dele abre caminho para golpe. Convulsionar a sociedade brasileira em cima de inverdades, métodos escusos e práticas criticáveis viola princípios e garantias constitucionais e os direitos dos cidadãos. E abrem precedentes gravíssimos. Os golpes começam assim.
O juiz Moro defendeu a legalidade do grampo e comparou Dilma ao ex-presidente americano Richard Nixon.
Menos de duas horas depois da posse de Lula como ministro, porém, uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou a suspensão da nomeação do ex-presidente como ministro.
O juiz Itagiba Catta Preta Neto entendeu que há indícios de cometimento de crime de responsabilidade. Estive nos protestos [contra Dilma] e compartilho da indignação das pessoas que estiveram naqueles protestos, afirmou o juiz.
O STF recebeu dez ações que pedem que o tribunal impeça o ex-presidente Lula de assumir cargos no governo Dilma.