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Crise afetou programação da SPFW, revela diretor Paulo Borges

Fundador e diretor da São Paulo Fashion Week, Paulo Borges, 54, acredita que o enxugamento do calendário de desfiles do evento, que começa no domingo (23) com 25 marcas na programação e a ausência de nomes como Forum, Ellus, Colcci e Triton, tem a ver com o enfraquecimento do varejo nacional e uma adaptação das marcas a novos modelos de negócio.

“Mais do que nunca é um erro quando você acha que [ao parar de desfilar] está economizando. No Brasil, a grande ação [de mídia] é o desfile, se você para, deixa de se comunicar com as pessoas e, num mercado de informação rápida, a memória das pessoas é efêmera”, diz Borges.

Entrevistado ao vivo pela “TV Folha”, na sede do jornal, em São Paulo, ele frisa que, apesar da importância do desfile, se ele não tiver propósito não vale a pena acontecer. “Quando nitidamente você gasta o que não precisava, percebe que precisa cortar ou parar.”

A 42ª edição da SPFW vai até a sexta-feira (28) ocupando diversos pontos da cidade além do parque Ibirapuera, “sede” do evento. O Masp, a Pinacoteca, o Teatro Santander, no shopping JK Iguatemi, e a Fundação Armando Alvares Penteado são alguns dos locais que receberão desfiles.

Entre as estreias há a LAB, dos rappers Emicida e Evandro Fióti, que desfila na segunda (24), a Just Kids, parceria das estilistas Juliana Jabour e Karen Fuke, na quinta-feira (27), e a Memo, marca esportiva e primeira do segmento no calendário paulistano, com desfile agendado para sexta-feira (28).