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Biofábricas melhoram o solo física, química e biologicamente

- Centenas de produtores de todos os estados brasileiros já adotaram o sistema de bioestruturação do solo ou “adubação” microbiológica. Eles multiplicam um inóculo de microrganismos por fermentação, em tanques, e depois pulverizam as lavouras com o caldo rico em bactérias e fungos benéficos, garantindo a diversidade da microbiota no solo. O sistema funciona on farm, é feito em casa, nas propriedades, ao lado das lavouras. Saiba no link da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) https://revistapesquisa.fapesp.br/2008/06/01/adubo-biologico/.
- Nesse processo de bioestruturação do solo, o primeiro foco é físico. Muitas das espécies de microrganismos (bactérias, principalmente) produzem um gel bacteriano, chamado ácido poliurônico, capaz de agregar as partículas de terra. Com isso, o solo fica mais aerado, tem mais oxigênio e retém mais água, favorecendo a fertilidade viva.
- No Brasil, em clima tropical, em geral se chega a um solo reestruturado com 4 ou 5 ciclos de culturas de grãos. Se o agricultor planta safra e depois safrinha ou adota alguma das variantes do sistema Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), isso se traduz em dois a dois anos e meio de cultivo.
- Com a melhora da condição física do solo estruturado, aumenta a área ocupada pelas raízes e melhora também a eficiência dos biofertilizantes e adubos orgânicos, ou mesmo dos fertilizantes químicos. Também aumenta a eficiência de absorção, pelas raízes, de nitrogênio, fósforo e demais nutrientes essenciais e/ou micronutrientes... Mais bem nutridas, as plantas oferecem maior resistência a doenças e pragas. Portanto, a produtividade aumenta. Segundo apontam algumas pesquisas feita junto a produtores a bioestruturação do solo garante aumento de produtividade mesmo em áreas com a presença de nematoides (pragas semelhantes a vermes, de solo).
- A variada microbiota presente no solo atua ainda na química do solo, incrementando a eficiência das fontes solúveis de nutrientes e permeando a capacidade de troca de cátions.
- A microbiota no solo contribui até para a degradação de moléculas tóxicas – como as derivadas de pesticidas residuais, por exemplo – por um processo acelerado de biorremediação. Saiba no link: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_68_410200710544.html.
- O caldo biológico capaz de aumentar a microbiota das lavouras é produzido nos imóveis rurais a um custo acessível. Para um produtor de grãos o custo da aplicação é da ordem de 90 reais por hectare. Um solo mais estruturado reduz a demanda demanda de potência dos tratores, pois elimina a subsolagem e outras operações de descompactação. Assim, parte do custo da “adubação” microbiológica se paga apenas com a economia de combustível.