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Análise: Discurso para militância abatida deve acentuar divisão no país
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta que não vai abaixar a cabeça e que se sentiu um prisioneiro durante a ação da Polícia Federal. O petista disse ainda que o que aconteceu hoje precisava acontecer para que o PT pudesse levantar a cabeça.
O discurso teve endereço certo: a militância abatida do partido, diz Marco Antonio Carvalho Teixeira (FGV), doutor em ciência política pela PUC-SP e professor da FGV. Para ele, a condução coercitiva (quando o investigado é levado para depor e depois liberado) deu mais ímpeto para a argumentação do ex-presidente. Temo que a consequência seja acentuar a divisão do pais, completa.
Lula pregou para convertidos, avalia o editor de Poder, Fábio Zanini. Ao se vitimizar, o ex-presidente tenta resgatar os pilares de seu governo, na tentativa de estancar a queda de sua popularidade.
Principal alvo da nova fase da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento por cerca de 3 horas à Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, nesta sexta (04).
A Operação realizou mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva no prédio de Lula, no de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva --também conhecido como Lulinha--, no Instituto Lula, na Odebrecht e na OAS. Há mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri.
O Ministério Público Federal afirmou em nota que o ex-presidente Lula foi um dos principais beneficiários de crimes cometidos no âmbito da Petrobras. A Procuradoria afirma que R$ 30,7 milhões, entre palestras e doações, foram disponibilizadas para instituições ligadas ao ex-presidente Lula pelas cinco maiores empreiteiras investigadas pela operação.
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