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Abrigo de animais selvagens no litoral de SP sofre com falta de verbas

No alto de um morro em São Sebastião, no litoral norte paulista, um pedaço de floresta em um sítio reúne sobreviventes do bicho-homem.
Atropelados na infância, a lobo-guará Lupa, 2, anda torta por causa das cinco fraturas sofridas. A onça-parda Neo, 7, teve a pata lesionada.
A tamanduá-bandeira Narizinho, 1, saiu queimada de um incêndio, e murucututus (tipo de coruja) dão voos curtos porque parte das asas foi amputada por linhas de pipa.

Oficialmente, o refúgio está listado entre um dos 13 Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) de São Paulo.
São um misto de pronto-socorro e abrigo para pássaros, mamíferos e demais bichos da fauna silvestre até serem soltos ou, se não puderem voltar à natureza, serem levados a um local próprio.

Na prática, porém, os Cetas estão lotados e um dos cenários mais críticos é o de São Sebastião, da Fundação Animalia. Lá é a única referência para a fauna do litoral norte e um dos poucos a receber tipos de grande porte, como felinos.

Desde outubro de 2014, a unidade não recebe novos bichos após o fim de repasses de um convênio com a Petrobras —como condição ambiental por uma obra da estatal na região.