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Em debate, vereadores questionam falhas estruturais de Plano Diretor de SP

Vereadores de São Paulo candidatos à reeleição discordaram, em mesa sobre urbanismo, quanto às regras propostas pelo Plano Diretor Estratégico aprovado em 2014.

Nabil Bonduki (PT), que foi relator do projeto, ressaltou que ele delineia “uma nova visão de cidade” que representaria uma “mudança na lógica de mobilidade urbana e uma ocupação mais saudável do espaço público”.

Aurélio Nomura, do PSDB, apontou que o Plano Diretor não representa tudo o que a cidade precisa, reivindicando uma maior preocupação com políticas urbanas centradas nos bairros. “Estamos analisando a cidade de maneira igualitária, mas é preciso estudar cada local.”

Gilberto Natalini, do PV, apontou o que considera “falhas estruturais” do plano. Ele e Nomura estavam entre os oito vereadores que se posicionaram contra a norma na votação final da Câmara.

Ele criticou o fato de a lei permitir que o poder público construa sobre áreas verdes, classificando-a também como “permissiva para negócios imobiliários”.

“Não sou contra o adensamento de construções, sou contra adensar com essa violência, sem estudo de impacto ambiental”.

Bonduki rebateu dizendo que é preciso primeiro pensar a cidade como um todo, para depois chegar aos bairros que, segundo ele, “têm que se subordinar a uma diretriz geral de desenvolvimento urbano”.

O debate, realizado na Folha nesta quarta (28), foi mediado por Raul Juste Lores, repórter especial da Folha.