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Oito meses de trabalho, mais de R$ 1,5 milhão em despesas, centenas de depoimentos, duas acareações e um cheiro de pizza no ar. A CPI da Petrobras, que foi criada para investigar o esquema de corrupção na estatal, acabou sem nenhum resultado efetivo. O único político ouvido foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que se apresentou espontaneamente. Disse que não tem contas no exterior e, pelo que indica o Ministério Público Suíço, mentiu. Incontáveis foram as vezes em que se ouviu na comissão 'vou me reservar o direito de ficar calado', já que muitos dos convocados fizeram delação premiada e não podiam falar sob pena de perderem os benefícios do acordo. Com isso, o relatório final não avançou em relação às investigações que já existiam, não pediu indiciamento de nenhum dos políticos que estão na mira da Lava Jato, apenas de empresários e doleiros, muitos, inclusive, já condenado pela Justiça. Para discutir e analisar os resultados da CPI da Petrobras, o Debate Brasil recebe dois parlamentares que fizeram parte da comissão: o deputado federal Efraim Filho, do DEM da Paraíba, e o deputado Valmir Prascidelli, do PT de São Paulo.